A TIM reportou lucro líquido de R$ 900 milhões no quarto
trimestre de 2023, montante 52,6% superior ao reportado no mesmo
intervalo de 2022, informou a companhia. O consenso LSEG previa
lucro líquido de R$ 960 milhões.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 3,150 bilhões no 4T23, um
crescimento de 7,5% em relação ao 4T22 e ligeiramente abaixo dos R$
3,19 bilhões previstos pelo consenso LSEG.
A margem Ebitda atingiu 50,2% entre outubro e dezembro do ano
passado, alta de 0,3 ponto percentual (p.p.) frente a margem
registrada em 4T22.
A receita líquida somou R$ 6,275 bilhões no quarto trimestre do
ano passado, crescimento de 6,8% na comparação com igual etapa de
2022 e em linha com R$ 6,28 bilhões esperados pelo consenso
LSEG.
Os custos e despesas operacionais somaram R$ 3,125 bilhões no
4T23, um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período de
2022.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 478 milhões no
quarto trimestre de 2023, uma elevação de 36,5% sobre as perdas
financeiras da mesma etapa de 2022.
O Capex totalizou R$ 1,292 bilhão no 4T23, uma queda de 6,1% na
base anual, em decorrência de uma menor alocação de investimentos
em infraestrutura de rede se comparado ao 4T22.
Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de
R$ 11,642 bilhões, um recuo de 15,7% na comparação com o terceiro
trimestre de 2023.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida
líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,0 vez em dezembro/23, queda de
0,2 p.p. em relação ao terceiro trimestre de 2023.
Projeções
A TIM prevê crescimento entre 7% e 9% do Ebitda no ano de 2024 e
de 6% a 8% no médio prazo (até 2026).
A companhia também estima crescimento de até 7% da receita de
serviços neste ano e de até 6% no médio prazo.
Com relação aos investimentos, a TIM espera investir entre R$
4,4 bilhões e R$ 4,6 bilhões.
Os resultados da TIM (BOV:TIMS3)
referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram
divulgados no dia 06/02/2024.
Teleconferência
Alberto Griselli, CEO da companhia, apresentou as atualizações
de guidance para o período entre 2024 e 2026. De acordo com o
executivo, a expectativa para curto prazo, para o fim de 2024, é de
crescimento de receita de serviços entre 5 a 7% e de EBITDA em 7 a
9%. O executivo afirmou que o ritmo de crescimento tem se acelerado
com a melhoria das condições do mercado e a proposta de valor da
companhia é reconhecida.
Já o capex esperado de R$ 4,4 a 4,6 bilhões por ano entre 2024 e
2026 aparece com papel de desenvolvimento de infraestrutura. O
anúncio de valores para proventos de acionistas acontecerá em
evento separado, agendado para 7 de março.
“Nós vemos condições favoráveis de demanda”, afirma o CEO,
retomando o que foi mencionado em evento em novembro. O executivo
reforçou a oportunidade presente na liberação de acesso para redes
sociais, já explorada atualmente pela companhia, e parcerias para
cross-selling.
Dentre as estratégias com parceiros, Griselli destacou o acordo
com o Zé Delivery, que garante cash back para clientes TIM. Para
além da monetização em si, o CEO afirmou que iniciativas da
natureza garantem a fidelização e permanência do cliente. O
executivo demonstrou otimismo com a redução do churn rate (taxa de
cancelamento dos clientes), com base em uma série de ajustes que a
companhia pretende realizar ao longo dos meses.
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
Os resultados da TIM Brasil em linha com as estimativas no
quarto trimestre, sem grandes surpresas no seu desempenho
operacional, continuando o bom momento de crescimento de receitas,
mesmo que com desaceleração sequencial, diz o Bradesco BBI.
O analista Otavio Tanganelli escreve que a receita média por
usuário da companhia cresceu 15,8% no ano, contra alta de 21% no
terceiro trimestre, enquanto o Ebitda subiu 7,5%, ante 11,6% em
setembro.
“No futuro, o mercado provavelmente monitorará de perto as
tendências de receitas, especialmente ao longo do segundo semestre,
à medida que a base de comparação sobe”, afirma.
O banco destaca que as ações da TIM Brasil continuam oferecendo
um rendimento de 7,5% via dividendos em 2024, a tornando atraente
aos investidores que buscam ações mais defensivas.
O Bradesco BBI tem recomendação neutra para TIM Brasil, com
preço-alvo em R$ 19, potencial de alta de 4,7% sobre o fechamento
de ontem.
Citi
A TIM divulgou um conjunto robusto de números para o quarto
trimestre, embora em linha com nossas expectativas e as do mercado,
disse o Citi.
“Mesmo que o desempenho das ações nas últimas semanas tenha
refletido parcialmente as atuais tendências favoráveis, acreditamos
que a orientação para 2024 fornecida reforça o otimismo com o caso,
pelo menos no curto prazo”, escrevem os analistas Gabriel Gusan,
Maria Guedes e Karina Salva Martins.
Segundo o banco, a TIM prevê que as receitas de serviços
aumentarão de 5% a 7% em 2024, provavelmente implicando em mais um
ano de crescimento acima da inflação. Enquanto isso, as projeções
de médio prazo permaneceram inalteradas e alinhadas com os números
do banco.
O Citi mantém recomendação de compra para a TIM, com preço-alvo
a R$ 19, um potencial de alta de 6,2% sobre o fechamento de
ontem.
Goldman Sachs
No caso do Goldman Sachs, os números apresentados e as visões
para os próximos anos permanecem fortes. O destaque do trimestre
foi a receita de serviços móveis, com alta de 7,6% em relação ao
mesmo período de 2022. O banco tem recomendação neutra para o
nome.
Jefferies
Os resultados do quarto trimestre da TIM foram consistentes, em
conformidade com o consenso em termos de receita e Ebitda, com um
forte crescimento na geração de fluxo de caixa livre, avaliou o
Jefferies.
O banco acrescentou que a nova orientação da empresa para o
triênio de 2024-26 indica potencial de valorização em relação às
estimativas de mercado, com até 2,5% e 7,5% de potencial de
valorização para o Ebitda estimado para 2024 e 2026,
respectivamente.
“Além disso, o menor despesa de capital ao longo de 2024-26
implica um forte crescimento no fluxo de caixa operacional livre,
ficando entre 9% e 21% acima do consenso em 2026”, escreve o
analista Alex Wright.
O Jefferies tem recomendação de compra para TIM Brasil, com
preço-alvo em R$ 20, potencial de alta de 11,8% sobre o fechamento
de ontem.
JPMorgan
O JPMorgan considerou os números apresentados para guidance como
positivos, porém o gasto de capital (capex, em inglês) aparece como
um pouco mais elevado. O ponto foi, inclusive, levantando por
analistas durante a teleconferência que a administração realizou
para apresentação dos resultados.
A CFO da companhia, Andrea Viegas, afirmou que o capex se
manteve compatível com as expectativas para a TIM. Junto com o
resultado, a TIM divulgou as novas projeções para o plano
estratégico que valerá para o triênio de 2024 a 2026, com
investimentos na faixa de R$ 4,4 bilhões a R$ 4,6 bilhões por
ano.
O JPMorgan destacou, entre os dados do balanço, que houve
pequena perda no lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) devido a receitas mais
fracas que o esperado. Contudo, em comparação com o esperado pelo
consenso, a perda foi muito discreta e considera em linha. O
JPMorgan tem recomendação overweight (exposição superior, similar à
compra) para o papel, mantida após o balanço.
XP
Para o Research da XP, o balanço refletiu a recuperação
importante do setor, que lidou com muitos desafios nos últimos
anos. Com as mudanças estruturais presentes nos últimos anos, o
setor viveu ponto de inflexão em 2023, com maior aceleração na
geração de receita e de caixa.
“A TIM passou por mudanças estruturais e continua colhendo os
benefícios da consolidação e market repair. Historicamente, o setor
sempre teve dificuldades para repassar a inflação, mas os
resultados mostram que, após a consolidação do mercado, esse
cenário mudou, e hoje a racionalidade prevalece entre os três
players, que conseguiram aumentar os preços de seus planos em todos
os segmentos, inclusive no pré-pago, historicamente mais
competitivo e com uma demanda mais sensível a preços”, afirma a XP,
que considera a TIM como top pick no setor de Telecom, com
recomendação de compra e preço-alvo para final de 2024 de R$ 21,00
por ação.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
TIM ON (BOV:TIMS3)
Historical Stock Chart
Von Apr 2024 bis Mai 2024
TIM ON (BOV:TIMS3)
Historical Stock Chart
Von Mai 2023 bis Mai 2024