Taesa: Itaú BBA prevê altos rendimentos de dividendos e eleva recomendação para market perform
08 Juli 2024 - 9:36PM
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O Itaú BBA elevou recomendação para ação da Taesa de
underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à
venda) para market perform (desempenho igual a média do mercado,
equivalente à neutro) e elevou preço-alvo de R$ 35,90 para R$
36,70, pois agora vê a companhia elétrica sendo negociada a uma
taxa interna de retorno (TIR) real mais atraente de 7,8% somado a
altos rendimentos de dividendos de um dígito nos próximos anos, não
fazendo sentido operar vendido na ação.
A ação da Taesa (BOV:TAEE11) caiu 4% no ano, em linha com o
Ibovespa, movimento atribuído à alta nas taxas de juros de longo
prazo e ao fraco IGP-M, que está ligado a cerca de 60% das receitas
da empresa.
Com relação aos proventos, o BBA prevê um rendimento de
dividendos de 6% para 2024, 8% para 2025 e 2026, e níveis de dois
dígitos após 2027. A empresa anunciou uma redução no payout
(percentual do lucro em pagamento de dividendo) para 2024 para 75%,
devido à maior alavancagem, mas espera que aumente para 90% em 2025
e 100% em 2026.
O banco comenta que um alto rendimento de dividendos é
fundamental para o desempenho da ação, dado que 55% da sua base de
acionistas são investidores de varejo. Investidores internacionais
representam 30% da base acionária da Taesa, enquanto investidores
institucionais brasileiros compõem apenas 15%.
Em termos de endividamento, o BBA disse não estar muito
preocupado com a aparentemente alta alavancagem da Taesa, dado seu
modelo de negócios de baixo risco e a perspectiva positiva para a
geração de fluxo de caixa.
Nesse contexto, analistas projetam uma dívida líquida
proporcional/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações) de 4,1 vezes para o final de 2024, 3,9 vezes para
2025, 3,7 vezes para 2026 e 3,2 vezes para 2027.
Já as receitas em termos reais devem aumentar com o início dos
projetos em construção. O banco estima que a Taesa investirá
aproximadamente R$ 3,2 bilhões em projetos greenfield (novos) e
brownfield (já existentes) entre 2024 a 2027, o que adicionará
cerca de R$ 550 milhões em receitas uma vez que comecem as
operações comerciais. A Taesa tem uma excelente classificação de
crédito (AAA), e não há covenants em nenhuma das dívidas emitidas
pela empresa.
Segundo o relatório, a Taesa expressou interesse em participar
do leilão de transmissão de setembro, dado que os desembolsos de
capex para esses projetos só se tornarão significativos a partir de
2027, quando sua alavancagem deve ser muito menor. A empresa
participou de vários leilões de transmissão, vencendo seus lotes
mais recentes em 2022.
Para o lucro líquido, o BBA elevou as estimativas em mais de 15%
para 2024 e 2027, principalmente devido a uma taxa de imposto de
renda efetiva mais baixa.
A equipe de análise também espera que a taxa de imposto efetiva
caia para cerca de 7 e 8% nos próximos cinco anos, devido à
aceleração do uso de prejuízos fiscais após a incorporação de
subsidiárias na holding, ao benefício fiscal SUDAM/SUDENE, ao
pagamento de juros sobre capital próprio, e à menor taxa de imposto
para concessões sob o regime de lucro presumido.
Para 2029 em diante, o banco projeta uma taxa de imposto efetiva
média de cerca de 15%. No modelo anterior, o BBA incorporava uma
taxa de imposto efetiva mais alta de 25%, pois não considerava o
benefício fiscal do JCP (juros sobre capital próprio) devido às
expectativas de uma mudança na legislação, que não ocorreu.
Informações Infomoney
TAESA (BOV:TAEE11)
Historical Stock Chart
Von Nov 2024 bis Dez 2024
TAESA (BOV:TAEE11)
Historical Stock Chart
Von Dez 2023 bis Dez 2024