A Copasa reportou lucro líquido de R$ 351,6 milhões no primeiro
trimestre de 2023 (1T24), montante 4,1% superior ao reportado no
mesmo intervalo de 2023, informou a companhia.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 700,7 milhões no 1T24, um
crescimento de 3,4% em relação ao 1T23.
A margem Ebitda atingiu 41,1% entre janeiro e março deste ano,
queda de 1 p.p. frente a margem registrada em 1T23.
A receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos foi de R$
1,69 bilhão no 1T24, um crescimento de 7,4% na comparação com igual
etapa do ano passado.
O resultado de equivalência patrimonial do 1T24 é referente à
subsidiária COPANOR e foi negativo em R$ 2,8 milhões, sendo que no
1T23 o resultado foi negativo em R$13,2 milhões.
Os custos e despesas totalizaram R$ 1,15 bilhão no 1T24, contra
R$ 1,05 bilhão no 1T23, o que representa um aumento de 9,2%.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 48,5 milhões
no primeiro trimestre de 2024, uma redução de 1,1% sobre as perdas
financeiras da mesma etapa de 2023.
Os resultados da Copasa (BOV:CSMG3)
referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2024 foram
divulgados no dia 29/04/2024.
Teleconferência
A Copasa realizou assembleia geral extraordinária em que
deliberou, entre outros temas, sobre o pagamento de R$ 300 milhões
em dividendos extraordinários aos acionistas. A medida, sexta
passada, chamou a atenção do mercado, que passou a se questionar
sobre o que poderia vir pela frente em relação à distribuição de
proventos adicionais.
Nesta terça-feira (30), Guilherme Duarte, CEO da Copasa,
esclareceu durante a teleconferência de resultados do 1º trimestre,
como tem sido tratado o assunto dentro da empresa.
“No passado, a política de dividendos extraordinários já foi
diretamente vinculada à alavancagem da companhia”, afirmou o
executivo.
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renda mensal previsível, começando já nas próximas semanas.
“Nós promovemos no início de 2023 alteração da política para que
fosse desvinculada a expectativa de dividendos extraordinários
unicamente da alavancagem, uma vez que entendemos que esse não é o
único indicador da companhia que deva ser observado para correta
deliberação sobre dividendos extraordinários”, complementou.
Independente, porém, das informações sobre os proventos, após a
divulgação dos resultados do primeiro trimestre, as ações da
companhia de saneamento de Minas Gerais recuavam 5,3%, cotadas a R$
19,67, por volta das 14h35.
Copasa: sem frustração
Segundo ele, em relação aos proventos, a prática anterior criava
muita expectativa do acionista sobre a queda da alavancagem e
acabava gerando “frustação” da capacidade da companhia de
saneamento de pagamentos de proventos adicionais.
“Hoje, nós avaliamos a possibilidade de dividendos
extraordinários não apenas em virtude da alavancagem da companhia,
mas também observando os demais parâmetros financeiros, como
manutenção de caixa mínimo a níveis adequados e também do avanço do
plano de investimento da companhia, para que a empresa possa
cumprir com seus objetivos”, explicou.
Os investimentos realizados pela Copasa, de janeiro a março,
incluindo as capitalizações, somaram R$ 372,4 milhões, 39,2%
superior a igual período de 2023.
Como na Lei das S/A
“Outro apontamento em relação aos dividendos extraordinários, é
que uma forma de utilizá-lo seria para o equilíbrio (financeiro) ou
resolução da pendência de excesso de reserva de lucros em relação
ao capital social da companhia”, esclareceu aos analistas.
Confira o calendário de resultados do 1º trimestre de 2024 da
Bolsa brasileira
Segundo Guilherme Duarte, o artigo 199 da Lei das S/A estabelece
que a reserva de lucros da companhia não deve superar o capital
social da companhia. “E qualquer excesso ao final do exercício
fiscal deve ser sanado ou pela via de integralização da reserva de
lucros no capital social ou pela distribuição de dividendos
extraordinários”, afirmou.
Solução mista
“Esse ano, nós nos antecipamos recomendando ao Conselho de
Administração (da Copasa) que fossem distribuídos R$ 300 milhões na
forma de dividendos extraordinários e o restante da reserva de
lucro, equacionado na forma de integralização ao capital social da
companhia”, explicou.
Temporada de balanço do 1º tri ganha força: em quais ações e
setores ficar de olho?
De acordo com o CEO, esse é um “problema positivo” que tende a
ser recorrente na companhia nos próximos anos. “Com a manutenção de
um payout (pagamentos de dividendos sobre lucro) de 50%, fatalmente
chegaremos ao final de 2024 om uma nova reserva de lucros,
excedendo o capital social da companhia, para que em 2025 a gente
possa deliberar o montante a ser distribuído na via de dividendos
extraordinário ou capitalização, ou um misto das duas soluções”,
afirmou.
Ele lembrou, no entanto, que qualquer novo dividendo
extraordinário referente a 2024, será feito em decorrência da
análise dos parâmetros financeiros da companhia. “E isso deve ser
deliberado pelo conselho da companhia ao longo de 2024”,
acrescentou.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
COPASA ON (BOV:CSMG3)
Historical Stock Chart
Von Aug 2024 bis Sep 2024
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